Jornalismo de Guerra

O IX Seminário Nacional sobre a Participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial (Senab – 2ª GM), que seria realizado em 2020, na Itália, ficou para abril de 2021. Foi o que afirmou a Tenente-coronel Mônica J. Fernandes, chefe da Seção de Divulgação e Comunicação Social da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército.

O evento foi adiado pela segunda vez, por conta da epidemia de Covid-19 (coronavírus). Inicialmente, antes da explosão de casos no Brasil e no mundo, o Senab estava previsto para abril de 2020. Depois foi mudado para 21 a 27 de setembro e agora, conforme a assessoria militar, foi reagendado para abril de 2021. As atividades estão previstas para Roma e Montese/MO, com visitações no entorno.

Valores mais altos

Em outro campo, o econômico, quem quiser participar das atividades em 2021, deverá desembolsar bem mais do que desembolsaria neste ano. O Euro estava sendo cotado a aproximadamente R$ 5,96 no começo de abril de 2020 e havia fechado aquele mês, aproximadamente a R$ 6,15. Para 2021, a Economic Forecast Agency (EFA) projeta para o mês de abril, a moeda européia a algo em torno de R$ 6,75 e R$ 6,79.

Em contato com pessoas que viajariam este ano e tiveram que remarcar para 2021, de cinco turistas, quatro disseram que vão resgatar vouchers nas companhias aéreas para a mesma viagem. Assim esperam não ter que pagar diferença de valor por conta da alta da moeda e da desvalorização do Real. Em busca na Internet, os hotéis de Montese e em Roma, não subiram os valores das diárias, pelo menos por enquanto.

Brasileiros proibidos de desembarcar na Itália

Até a redação deste texto, os brasileiros estavam na lista de pessoas de nações com desembarque proibido na Itália, por conta do alto índice de contaminação no país de origem e pelo risco de entrada do vírus vindo desses lugares.

O Escritório de Turismo da Embaixada brasileira em Roma confirmou “que aos brasileiros ainda não é permitido o desembarque em solo italiano”. Não há previsão de reabertura.

Até o fechamento deste texto, o Brasil registrava 3.862.311 casos confirmados, dos quais, 3.031.559 haviam sido recuperados e 120.828 haviam morrido.

Sem vacina, porém com esperanças

Enquanto os entusiastas da FEB ficam de olho na Itália, o mundo corre contra o tempo para apresentar uma vacina contra o coronavírus. A Rússia pretende apresentar algo para setembro e batizou a versão deles de “Sputnik V”. No caso russo, mesmo aprovada, a vacina ainda não finalizou a fase de testes e, segundo o Ministério da Saúde do país, não será obrigatória, pelo menos em primeiro momento. Serão priorizados professores e trabalhadores da saúde.

“De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 28 de agosto, 33 vacinas contra o coronavírus estão em fase de testes e outras 176 estão em desenvolvimento. Das 26 em testes clínicos, seis estão na última fase”, publicou o site especializado, Infomoney.

No Brasil, as duas vacinas mais comentadas até o momento são a CoronaVac, da chinesa Sinovac, testada no Brasil em estudo liderado pelo Instituto Butantan e a Oxford, produzida pela Universidade de Oxford e a AstraZeneca, que poderão, futuramente, ser produzidas no país pela Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz. As previsões são para o começo do 2021. Todas estão em fase de testes.

Além das vacinas

A imunização para circular dentro da comunidade internacional será um dos passos para a redução da Covid-19. Também será preciso que os países liberem a entrada de cidadãos de países muito afetados pela doença, como é o caso do Brasil. E, como foi dito pela embaixada brasileira em Roma, não há previsão de quando isso ocorrerá. Até abril de 2021, serão sete meses para que uma vacina seja produzida e os espaços de circulação abertos, o que também deverá se dar forma gradual.

Mais atividades da FEB reagendadas ou canceladas

A pandemia do novo coronavírus prejudicou de forma decisiva as comemorações dos 75 anos de vitórias da Força Expedicionária Brasileira – FEB na Itália.

Em contato com a embaixada brasileira em Roma, a secretária de cultura, imprensa e mídias sociais, Laura Paletta Crespo, informou que, infelizmente, por causa da pandemia a série de atividades que estava sendo organizada precisou ser remanejada. Ela revelou ainda que de todos os atos que estavam previstos, somente a restauração do Monumento Votivo de Pistóia foi concluída até o momento. Uma exposição que relembrará a passagem dos Pracinhas também está confirmada para os próximos meses.

“As iniciativas da Embaixada do Brasil em Roma visando a celebração dos 75 anos da participação da FEB na Segunda Guerra Mundial foram reorganizadas, em razão das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19. O Ministério das Relações Exteriores e, assim, a Embaixada em Roma, atribuem alta relevância ao tema, tendo organizado uma série de eventos para as celebrações. Apesar disso, as restrições impostas pelo governo italiano relativas a deslocamentos e aglomeração de pessoas acabaram comprometendo a comemoração. Não obstante, neste ano, a primeira fase da reforma do Monumento Votivo Militar Brasileiro (MVMB), situado em Pistoia, foi finalizada (veja aqui). Além disso, foi programada uma mostra sobre o assunto, a realizar-se ainda neste semestre”, explicou a secretária.

No Brasil, a redução também depende da população

Para que os casos reduzam, os brasileiros também precisam colaborar, respeitando as quarentenas e isolamentos sociais impostos, além de seguir rígidas regras de higiene individual. Algumas medidas de prevenção eficazes são:

Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel.

Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir.

Evite aglomerações se estiver doente.

Mantenha os ambientes bem ventilados.

Não compartilhe objetos pessoais.

Uso de máscaras em locais públicos.

Outras informações sobre a doença podem ser consultadas aqui.