73 anos: conquistar Monte Castello era questão de honra e custou muito sangue

Vista da estrada que dá em Casa Guanella e lá ao fundo, parte de Monte Castelo. Perto de umas árvores secas, o Monumento ao Soldado Brasileiro. Foto tirada de Abetaia. Crédito: Helton Costa/V de Vitória
Para contar de Monte Castello, é preciso dizer que as proximidades em que se encontravam os brasileiros eram parte do reajuste de dispositivo ocorrido no começo de novembro. O dia 21 de fevereiro foi apenas o coroamento de meses em que os brasileiros ficaram estacionados nas cercanias da montanha, a tendo atacado por outras cinco vezes.
A primeira foi em 24 de novembro, quando o 3º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria – RI (Major Silvino Castor de Nóbrega) tomou parte de uma investida do general Paul Rutledge, da Task Force 45. Faziam parte do grupo de atacantes unidades americanas, a artilharia inglesa anti-aérea e partigianis (Resisitência Italiana).
Segundo o General Domingos Ventura Pinto, que era oficial da Polícia Militar da Força Expedicionária Brasileira – FEB, a 45 americana estava à esquerda dos brasileiros, porém, preocupados com Monte Belvedere, que era o objetivo principal, não se atentaram em tomar também Mazzancana. Resultado: os brasileiros tomaram bombas e tiros pelo lado esquerdo vindos de frações do Belvedere e de Mazzancana, logo tiveram que recuar. Para completar, o ataque foi frontal e ainda havia campos minados para os Pracinhas transporem. Os americanos tomaram Corona, ao lado do Monte Belvedere.
2º Ataque

Mapa da região de Monte Castello (Gen. Domingos Ventura Pinto Jr. e Cel. José Dinoá Medeiros
No dia seguinte do primeiro ataque, já 25 de novembro, o General Rutledge colocou o 3º Batalhão do 6º RI mais uma vez e os mandou como ataque e reconhecimento por sob Castello. Também pediu auxílio da Artilharia da FEB. Houve outro fracasso pelo mesmo motivo do dia anterior: fogo vindo da esquerda e do Della Torracia pela direita. Novo recuo.
3º ataque
Estava previsto o apoio aéreo para esse dia, porém caiu uma baita chuva durante toda a noite e pela manhã. O 3º Batalhão do 6º RI foi mantido para o ataque e chamaram também o 1º Batalhão do 1º RI (Olívio Gondim Uzêda), o 1º Batalhão do 11ºRI, o 3º Batalhão do 1º RI (Emílio Rodrigues Franklin), o 3º Batalhão do 11ºRI (Cândido Alves da Silva), três pelotões de tanques dos Estados Unidos, os I e II Grupos de Artilharia do Brasil, o IV Grupo de Artilharia do Brasil para apoiar o 13º Batalhão de Tanques dos EUA e mais dois pelotões de tanques do 894º de Tanks Destroyer com a 1ª Companhia – Cia de Obuzes do 11º RI.
Na Reserva tinham: 1ª Cia de transmissões do 9º Batalhão de Engenharia e o Esquadrão Reconhecimento, que dariam apoio ao 2º Batalhão do 6º RI e à 1ª Cia do 6ºRI, que foram mandados para cruzamentos de Porreta Terme, Silla e Bombiana como ação para chamar atenção dos alemães .
Deu tudo errado. Sem aviões pelo céu e por causa da lama, sem tanques por terra, a infantaria teve que fazer o que podia em meio a um forte nevoeiro que baixou. Para chegar ao ponto de partida do ataque, os soldados tinham marchado 17 km em meio à chuva da madrugada.

Vista de casa Guanella. No centro, o Monumento ao Soldado Brasileiro. Foto tirada do sopé de Monte Castello. Helton Costa/V de Vitória
Às 6h estavam na base de partida, sujos de lama e molhados para outro ataque frontal, com campo minado (alguns deixados pelos próprios americanos dias antes) e sem a cobertura americana de Monte Belvedere/Corona, retomada pelos alemães na madrugada de 28 para 29 de novembro. Os alemães começaram a atirar de lá desde às 4h.
Por volta das 7h os americanos começaram a bombardear Belvdere e acabaram por entregar o ataque surpresa que os brasileiros fariam. Não demorou para a frente estar em movimento, com tiros de Mazzancana, Belvedere, Monte Castello, Della Torracia, Fornace… Os brasileiros ficaram ali levando tiros sem poder reagir. No lado Oeste, os soldados de Uzêda, Silvino e Cândido ficaram encurralados em uma barragem de morteiros.
Franklin conseguiu ultrapassar as barragens do outro lado, porém levou tiros de Mazzancana e Fornace. Mesmo assim, até às 12h ainda havia chance de que pudessem progredir mais, afinal a Artilharia fazia um bom trabalho respondendo aos alemães. Porém, os tedescos reajustaram os fogos e mandaram tropas por Abetaia bem em cima de Uzêda, que teve que recuar e os outros o acompanharam.
Mais problemas
Enquanto isso, o 9º Batalhão de Engenharia tentava consertar as vias, tirar minas e ainda recolocar as comunicações no ar, pois algumas também estavam comprometidas. Para o 1º RI e para o 11º RI, foi o batismo de fogo, a primeira vez dos soldados em combate. Os dois regimentos só tinham recebido armas nove dias antes, em 20 de novembro. Haviam progredido 500 m da base de partida e o número de baixas foi de 190 até o final do dia. Quando anoiteceu os brasileiros estavam de volta à base de partida.
4º ataque

Uma das fortificações de Monte Castelo. (Foto do acervo de César Campiani, publicada no livro dele que citamos no texto)
Todos os ataques anteriores tinham sido feitos com comando norte-americano. Desta vez, os brasileiros comandariam. Em 5 de dezembro o Comando do V Exército anunciou que queria Belvedere e La Torracia a qualquer custo.
Às 6h da manhã lá estavam os brasileiros prontos para atacar. O Batalhão Franklin avançou em meio à lama (choveu de novo) para a linha La Roncole-Casa Guanella. Levaram meia hora para progredir algumas centenas de metros. Os alemães perceberam que pela preparação de terreno brasileira, haveria um novo ataque. Quando o relógio marcou 7h, os fogos estavam ajustados por sobre os atacantes, que para completar tinham visibilidade de só 50 metros, devido ao nevoeiro que baixou.
O filme se repetiria mais uma vez. Sem aviões e sem tanques, os brasileiros por ordem de brasileiros, não mais de americanos, avançaram sem a devida cobertura. O batalhão Sizeno não teve melhor sorte e as duas companhias que já haviam tomado terreno, precisaram recuar. Às 7h20 começou fogo vindo de Abetaia, com MGs 42, as famosas “Lurdinhas” pipocando. Franklin começava a escalar Monte Castello (tanto que mais tarde foram encontrados corpos de soldados sem enterrar lá em cima).
Era hora de recuar. Um recua, todos recuam. De novo fogo vindo de Mazzancana e Fornace. Total de baixas: 140. Já entre os alemães, em todos os quatro ataques, suas baixas nunca chegaram a dez soldados. Nesse último ataque, fizeram oito brasileiros prisioneiros.
A fúria do comandante

Uma das partes do complexo de pequenas construções que formam Casa Guanella, de onde partiam os brasileiros para atacar. Helton Costa/ V de Vitória
Em 12 de dezembro, às 17h, o General Willis D. Crittenberger,comandante do IV Corpo do Exército dos Estados Unidos convocou reunião e questionou de forma muito dura se as divisões brasileiras ainda tinham condições ofensivas, o que na prática era o mesmo que perguntar se os brasileiros dariam conta de continuar a guerra. O comandante da FEB, General Mascarenhas de Moraes teria pedido um tempo para responder. O General Euclydes Zenóbio da Costa, também do Brasil e que estava com ele, teria se levantado, pedido a palavra e dito que sim, que a infantaria precisaria de um prazo, mas que tinham condições. A interferência de Zenóbio ali não era normal, afinal ele era subordinado de Mascarenhas, que saiu da reunião muito decepcionado e angustiado.
Era uma situação complicada e ele pensou em largar tudo e voltar para o Brasil. Mais tarde, em suas memórias, diria que só não o fez porque o General e amigo, Cordeiro de Farias, da Artilharia, o teria convencido que não seria uma decisão acertada.
Depois disso, Mascarenhas respondeu ao General Willis D. Crittenberger que a FEB estava guarnecendo uma frente de 20 km e que no dia 12 atacou em uma frente de 2 km. Reclamou que faltava treinamento, que em três meses de guerra não poderia fazer milagres e mais impactante, que não cabia a ele próprio se avaliar e sim aos seus comandantes. Era como se tivesse dito: não estão contentes, me tirem.
Tudo ficou nos bastidores, os ânimos se acalmaram e os brasileiros foram reajustados para a defensiva de inverno, com neve alta e temperaturas vários graus abaixo de zero. Nesse período a ordem era manter as posições e aprender sobre o inimigo por meio de patrulhas e treinamentos. Assim foi feito.
5º e último ataque
O inverno passou e veio a Primavera. Um plano de nome Encore foi montado. A idéia era tirar os alemães do setor do vale tio Reno e pegá-los de vez no vale do rio Panaro. Havia chegado no setor da FEB, a 10ª Divisão de Montanha, tropa especializada em combate naquelas condições e com organização e treinamento nos Estados Unidos desde a metade de 1944. Entraram em linha de 28 de janeiro. Eles deveriam tomar Belvedere. A FEB atacaria Monte Castello e o Della Torracia também seria dos soldados da 10ª.
O ataque

3º Batalhão do 1º Regimento de Infantaria em Cravullo, Monte Castello (Foto do acervo de César Campiani, publicada no livro dele que citamos no texto)
Pela esquerda foram os homens de Uzêda, Sizeno foi pelo centro e Franklin pela direita, meio como da primeira vez no dia 12/12. Às 6h Belvedere já estava em poder dos americanos, aliviando um pouco para os brasileiros, que tentariam envolver Castello. A Artilharia cerrou fogo e o Monte parecia um vulcão, na descrição dos correspondentes.
Quando a artilharia diminuiu, cinco ou seis aviões desceram, fizeram sua parte e também deixaram crateras sob os alemães. Agora o dia estava de céu azul e sol, nada de chuva e nada de tiros de Belvedere.
Sizeno partiu de Gaggio Montano, mas às 11h35 estava detido com barragens de morteiros alemães. Por esse motivo, parte dos homens de Uzêda esperaram os aviões da FAB bombardear Mazzancana e se apoderaram das posições tedescas, fazendo os alemães começarem a descer.
No Della Torracia os americanos empacaram ao serem pegos por barragens de morteiros. A pressão sob os brasileiros aumentou quando às 12h chegaram ao Posto de Observação de Mascarenhas, situado a 3km da frente, os comandantes: do V Exército, Mark Clarck; da frente italiana, General Truscott e do IV Corpo, General Willis D. Critenberger.
O ataque foi se desenrolando e os rádios não paravam, pedindo novos fogos de artilharia sobre novos pontos que iam sendo escalados pelos infantes. Às 16h20 o fogo da artilharia se concentrava no cume de Castello. Foi anoitecendo e as bombas explodiam no escuro e formavam luzes coloridas e mortais. Mascarenhas mascava chiclete e estava nervoso. Foram 10 mil tiros diretos em cima dos alemães em Castello naquele dia.

Uma das laterais de Casa Guanella. Helton Costa/V de Vitória
Às 17h45, Cordeiro de Farias informou o jornalista Joel Silveira de que Monte Castello estava praticamente tomado. Mazzancana também era totalmente dos brasileiros, porém, Della Torracia não caiu em poder dos americanos e se os alemães se reorganizassem por lá, poderia ficar ruim.
Não importava, os brasileiros tinham que avançar e às 17h50 chegou a notícia tão esperada: o grupo de Franklin avisava por rádio que ele e seus homens estavam no cume do Monte! Dali mandaram bombas também em Della Torracia, dando uma mão para os americanos. Segundo Uzêda, o primeiro brasileiro a chegar no topo foi João Ferreira da Silva, no ataque de 29 de novembro de 1944. Já no topo, foi morto pelos nazistas. O corpo foi encontrado preservado pela neve e encontrado depois de 21 de fevereiro de 1945.
A artilharia brasileira reajustou os tiros e agora bombardeavam os alemães que estavam fugindo por Caselina, Bela Vista e La Serra. Os inimigos iam parando e organizando tiros de resposta para dar tempo do grosso da tropa sair. Entre os brasileiros, foram mais de 1.000 baixas nos meses de Monte Castello.
Os inimigos falam

Um mapa do ataque vitorioso à Monte Castelo. Foto: ANVFEB/MS. Digitalizada por V de Vitória
Mais tarde, depois da rendição alemã, um prisioneiro reclamaria à Joaquim Xavier da Silveira (livro Cruzes Brancas), que os brasileiros só ganharam em Monte Castello porque eles já estavam fracos, que se fosse como no começo da guerra, os brasileiros não teriam chance. Joaquim apenas riu das palavras do alemão derrotado.
Outro alemão, Henrich Bousen dizia que Monte Castello não era importante para eles e que Belvedere sim foi uma lástima ter sido perdido. Segundo ele, entre 60 e 250 homens defendiam Monte Castello. Não sabia ao certo. O interessante da história de Boucsen, é que ele diz que para fugir dos aliados, as tropas da qual ele fazia parte como tenente, não dormiram mais que duas horas, o que dá a entender que caso contrário, seriam aprisionadas. Um dos regimentos chegou a ser tirado de linha.
O ex-jornalista da Globo, William Waack, no livro “Duas faces da glória”, defende que eram entre 40 e 50 soldados alemães em Monte Castello e que quando ele entrevistou ex-oficiais de Hitler para o mesmo livro, eles diziam que só perderam para os Aliados, porque esses tinham melhores equipamentos e apoio aéreo, caso contrário a história seria diferente.
Número de defensores contestado

Alemão morto em Monte Castelo. Teve a cabeça arrancada por estilhaço. (Foto do acervo de César Campiani, publicada no livro dele que citamos no texto)
Henry Bagley, da imprensa americana junto à FEB, diz que no dia seguinte de Monte Castello, só ele contou 26 de prisioneiros alemães e os mortos ele nem contou, de tantos que havia, a maioria vítima das bombas. Uzêda diz ter topado com um grupo de 30 soldados e que abriu fogo neles. Outros oito foram pegos ao lado do Castello, em Cá di Zolfo e os americanos tinham em poder deles outros 10 na mesma região.
César Campiani Maximiano (Livro Sujos, barbudos e fatigados), lembra que além de atiradores de cima do morro, havia pelo menos entre oito e 10 morteiros de 80mm e 42 posições de metralhadoras. Só a MG 42, popular Lurdinha, podia disparar 1.200 tiros por minuto. Dos morteiros, podiam ser disparados 10 tiros por minuto. A força brasileira era de 1.200 homens em cada ataque, aproximadamente.
Havia ainda trincheiras fortificadas, que com exceção de tiros diretos de artilharia, pouco eram afetadas. Para usar as metralhadoras, era preciso duas pessoas, então só aí já seriam 84 soldados. Campiani defende que em Castelo estavam no mínimo 360 alemães, devido à logística de defesa e utilização das armas que era necessária. Então, é só fazer as contas e exercitar a mente para ver o que os soldados passavam, coisa que os inimigos não quiseram ou não puderam fazer…
Belvedere era mesmo o principal, porém, ação era conjunta
De fato, Belvedere era 163m mais alto que Castello e os americanos não tiveram vida fácil lá. Foram 850 baixas e 195 mortos. Porém, mataram vários alemães e aprisionaram outros mil.
Nos montes ao redor, entre eles o Castello, estavam os pontos de tiros alemães para manter o Belvedere e quando caíram simultaneamente os montes mais baixos, os americanos se assenhoraram de vez do Monte principal. Para os brasileiros, Castello era questão de honra e nos dias que se seguiram, foram limpando o vale do Marano e abrindo passagem para os americanos se dirigirem à Castel D’Aino, mas essa é outra história.
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Livros consultados
BRAGA, Rubem. Crônicas da guerra na Itália. 3 ed. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército;
Record, 1996
CLARK, Mark W. Risco calculado. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército-editora, 1970.
COSTA, Helton. II Guerra: censura e regulamentos para correspondentes da FEB (1944-
45). Artigo apresentado no XVIII Seminário de Inverno da Universidade Estadual de Ponta
Grossa, realizado entre 15 e 19 de junho de 2015.
LIMA JUNIOR, Raul Cruz. Quebra Canela. Rio de Janeiro. BIBLIEx,1982.
LOPES, José Machado (1980) in LIMA JUNIOR, Raul Cruz. Quebra Canela. Rio de
Janeiro:BIBLIEx,1982.
Lopes, José Machado. O 9º Batalhão de Engenharia de combate na campanha da Itália. Rio
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LYRA TAVARES, Aurélio de. História da arma de Engenharia: capítulo FEB. Universidade
Federal da Paraíba, 1966.
MAXIMIANO, Cesar Campiani. Barbudos, sujos e fatigados: soldados brasileiros na
Segunda Guerra Mundial. São Paulo: Grua, 2010
MITKE, Thassilo; SILVEIRA, Joel. A luta dos pracinhas. Rio de Janeiro: Record, 1983
SILVEIRA, Joel. O inverno da guerra. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.
SILVEIRA, Joel. Segunda Guerra Mundial: todos erraram, inclusive a FEB. Rio de Janeiro:
Espaço e Tempo, 1989.
XAVIER SILVEIRA, Joaquim da.A FEB por um soldado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1989.
Bombardeiros, caças, guerrilheiros : finale furioso na Itália : a história da 232. Divisão de Infantaria, a última divisão alemã a ser deslocada para a Itália, 1944-1945 / Heinrich Boucsein ; tradução de Roberto Rodrigues.
Sites consultados
https://olapaazul.com/2011/08/07/monte-castello/
http://combatentebr.blogspot.com.br/2011/05/historia-do-10th-mountain-division.html
http://www.lineagoticamontese.eu/pt/os-caminhos/monte-belvedere/73-il-monte-belvedere.html
http://combatentebr.blogspot.com.br/2011/05/historia-do-10th-mountain-division.html
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