Da FEB ao caminhão: a saga de um pracinha que virou empresário

Camilo Cola. Imagem: Divulgação

             Aos 18 anos, Camilo Cola, filho de imigrantes italianos, se alistou na Força Expedicionária Brasileira (FEB). Ele que trabalhava desde cedo como lavrador e também como lavador de carros, viajou para a terra de seus pais para lutar contra as tropas nazistas e fascistas que assombravam o mundo. Atuando pelo Regimento de Infantaria, Cola participou das batalhas de Monte Castelo e de Montese.

                Assistiu aos horrores da guerra, passou frio e viu inúmeros colegas morrerem e serem gravemente feridos. Ao regressar para o Brasil, juntou suas economias e comprou o primeiro caminhão. Era o ponto de partida para o início de uma das maiores empresas de transporte do Brasil, a Itapemirim. A aquisição do caminhão só foi possível graças ao empréstimo financeiro de seu amigo, Fued Nemer. O valor, ao que consta na biografia do próprio Cola, foi pago religiosamente em dia.

                Oficialmente, a empresa foi fundada em 4 de julho de 1953, no município de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. A Itapemirim foi pioneira na utilização de ônibus de três eixos no Brasil, o que a própria empresa chamaria mais tarde de Tribus.

                Em 2006, Cola chegou a vencer a eleição para deputado federal pelo estado do Espírito Santo.

                O nome dele chegou a aparecer no relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Camilo Cola foi citado no relatório como “grande contribuinte” no financiamento do Regime Militar.

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