O pracinha que foi governador do Paraná

Durante 21 dias, Agostinho José Rodrigues assumiu o posto mais alto do governo paranaense. Ele, que era presidente da Assembleia Legislativa, substituiu o governador Ney Braga de 15 de setembro a 06 de outubro de 1963. O que pouca gente sabe atualmente é que o político curitibano nascido em 1915 havia encarado duas décadas antes os horrores da guerra mais sangrenta que o mundo assistiu.

Deputado estadual e federal em várias legislaturas, ele exerceu a presidência da Comissão da Segurança Nacional da Câmara dos Deputados. Após participar do teatro de operações em terras italianas, Rodrigues entrou no mundo político. E foi nessa área que construiu sua vida.

Chegou a fundar a Guarda Civil, foi ainda Secretário de Estado da Segurança Pública. Membro do Centro de Letras do Paraná e do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense. Mas nunca esqueceu a experiência adquirida pelas batalhas. Chegou a escrever um dos livros mais importantes sobre a participação das forças paranaenses na Segunda Guerra Mundial, chamado “O Paraná na FEB” e ainda o “Terceiro Batalhão — O Lapa Azul”, “Pé de trincheira”, “Segundo Pelotão, Oitava Companhia” e  “35 anos Depois da Guerra”.

Nesta última obra, Agostinho percorreu a Itália e relembrou os momentos que passou, revendo pessoas conhecidas da época da guerra. Agostinho chegou ao posto de tenente e serviu nas fileiras da FEB em dois batalhões. Ele viu na literatura uma maneira de eternizar a participação paranaense e brasileira nos campos bélicos da Segunda Grande Guerra.

            Filho de Manuel Rodrigues e de Ana Claudina Rodrigues, Agostinho começou a ingressar na vida militar em 1942 após passar pelo curso de aperfeiçoamento de sargentos. Na Segunda Guerra Mundial ocupou o posto de comandante de um pelotão de fuzileiros do 11.º Regimento de Infantaria (11.º RI). Participou dos combates de Monte Castello e Montese, bem como da ofensiva final no vale do Pó, e foi promovido a primeiro-tenente por bravura.

            Como era militar de carreira, em 1947 liderou o movimento que organizou a 5.ª Companhia de Polícia do Exército (PE). Agostinho chegou a ser comandante da PE até 1950. O espírito de liderança parecia estar impregnado em Agostinho. No mesmo ano que abandonou o comando da Polícia do Exército, ele organizou a 5.ª Companhia do quartel-general da 5.ª Região Militar (5.ª RM), sediada em Curitiba. Comandou essa companhia até o ano seguinte, quando se tornou diretor da Guarda Civil do Paraná, função que exerceria até 1955.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s